A busca por inovação entrou de vez nas agendas de executivos de empresas consolidadas há décadas em seus mercados e o número de gerências e diretorias dedicadas à área aumentou de forma significativa nos últimos anos. Neste contexto, observamos duas tendências em paralelo: (1) implementação de algumas mudanças internas nas companhias para a criação de ambientes propícios à geração de ideias e (2) busca por soluções no mercado, seja através da aproximação de grandes empresas às startups ou da contratação de profissionais que já estejam inseridos em ambientes disruptivos.
No primeiro caso, as companhias investem no desenvolvimento de uma nova cultura, estruturação de células ágeis, bem como na criação de programas específicos para estimular a inovação. Este formato contribui na retenção de talentos e na geração de novos negócios quando o business case é aprovado e, posteriormente, colocado em prática. No segundo movimento, além do interesse das empresas de atrair profissionais de mercados disruptivos, nota-se com frequência a criação de “labs”, estruturas apartadas, usualmente em parceria com aceleradoras, com o objetivo de avaliar e investir em startups que ofereçam soluções inovadoras e que tenham sinergia como core business da companhia.
Em geral, as grandes organizações tendem a possuir processos maduros, com decisões que devem passar por diversas alçadas e não conseguem ser tão ágeis quanto uma startup. Dessa forma, ambos movimentos acabam servindo como estratégia para grupos empresariais consolidados fomentarem ambientes favoráveis à geração de inovação disruptiva em seus negócios.
1 julho 2020