Escrito por: Julia Santoro
De acordo com o Relatório Mundial de Saúde Mental publicado em 2022 da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo sofrem de algum tipo de transtorno mental (valor referente ao ano de 2019), com ansiedade (31%) e depressão (28.9%) liderando as estatísticas — no mercado de trabalho, cerca de 13% dos trabalhadores estão incluídos nesse público.
A pandemia teve um impacto significativo no aumento desses números e a região das Américas, em particular, enfrenta ainda mais desafios. O Brasil, líder do ranking na América Latina, apresentou cerca de 200 mil pessoas afastadas do trabalho devido a transtornos mentais em 2021. Esses tipos de afastamentos custam anualmente à economia global quase US$ 1 trilhão em perda de produtividade.
Dentre os 10 fatores de risco já identificados para a saúde do trabalhador, podemos destacar a carga de trabalho, o ambiente, a cultura e as relações interpessoais. Em setembro de 2022, a OMS e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançaram diretrizes globais destinadas a abordar esses desafios que estão relacionados a saúde mental no trabalho. Essas orientações fornecem estratégias práticas para governos, empregadores e trabalhadores, visando a prevenção de riscos, a promoção da saúde mental no ambiente de trabalho e o apoio às pessoas afetadas.
Além disso, pela primeira vez, as diretrizes recomendam o treinamento de líderes para direcionar os colaboradores de forma a evitar ambientes de trabalho estressantes, bem como o enfrentamento dos demais riscos somados às recomendações de apoio e reintegração de pessoas afetadas ao mercado de trabalho.
Nos últimos anos, o bem-estar mental tornou-se uma prioridade nas empresas, não apenas para promover a saúde dos colaboradores, mas também para reduzir a rotatividade e melhorar a produtividade. As organizações estão adotando diversas medidas, como a utilização de pesquisas de clima organizacional para medir a saúde mental dos colaboradores, o investimento em novas ferramentas de gestão de pessoas, além de proporcionar ofertas de benefícios que promovam esse bem-estar, como acesso a terapia e flexibilidade de horários.
Para mais, práticas como trabalho híbrido, proximidade entre líderes e liderados e programas de prevenção ao estresse também estão sendo implementadas. Investir em políticas de saúde mental não apenas beneficia os colaboradores, mas também resulta em retenção de talentos, redução de turnover, maior engajamento e produtividade, alcance de metas e uma reputação positiva no mercado.
A NEO Executive Search reconhece a importância tanto das estatísticas, como das diretrizes em torno do tema. Sabemos que ainda temos muitos desafios na jornada de bem-estar mental no mercado de trabalho e estamos comprometidos em apoiar os profissionais e clientes na busca por ambientes mais saudáveis e produtivos.
E você, como acha que as empresas podem ajudar a combater esse problema?
Referências:
https://www.who.int/teams/mental-health-and-substance-use/world-mental-health-report
24 outubro 2023